Como resultado dessa fala, os poucos bancos privados que baixaram suas taxas de juros, compensaram essa perda com grandes aumentos em suas taxas administrativas, porém, os bancos públicos, (CEF e BB) foram obrigados a baixar as taxas por ordem presidencial sem poderem usar taxas compensatórias, e isso já começa a mostrar seus reflexos.
O Banco do Brasil, ao contrário do que pensam muitos, não é um banco estatal, e sim uma S,A. de Economia Mista, nos mesmos moldes da Petrobrás, onde o governo é acionista, mas capta recursos na Bolsa de Valores, e por essa razão o seu desempenho é medido pelas agências de risco, e hoje, uma delas, a Moody 's rebaixou a nota dele e de mais sete bancos brasileiros devido a inconsistências contábeis que colocam em dúvida suas capacidades de solvência caso ocorram algumas situações de mercado.
O rebaixamento da "nota" do BB, Safra, HSBC e Santander deveu-se a alta concentração de Títulos do Governo (dívida soberana) nas suas carteiras, e uma baixa diversificação do seu "leque de ativos" e pouca ou nenhuma diversificação de operações.
Bradesco, Itaú Unibanco e Itaú BBA, foram rebaixados também, porém em um nível menor por contarem com diversificação em suas operações e ativos.
A pior classificação coube ao Banco Votorantim, que como se sabe dedica-se quase que exclusivamente a financiamento do mercado automobilístico. Vale lembrar que o BB é acionista do BV, sendo dono de 49% do seu capital.
O que isso quer dizer?
Quer dizer que a Moody 's está se precavendo contra uma eventual dificuldade que o GOVERNO BRASILEIRO venha a enfrentar para honrar seus compromissos com a dívida interna, que a esta altura, beira os DOIS TRILHÕES DE REAIS, (TREZENTOS BILHÕES A MAIS QUE O PIB ESTIMADO PARA 2012) , o que não é nada difícil de acontecer, dadas as condutas pouco convincentes que veem sendo adotadas pela atual equipe econômica, e pelo gasto exorbitante POR PARTE DO GOVERNO.
A "futuróloga" Mirian Leitão ... é isso mesmo que vocês leram, FUTURÓLOGA, porque comentar ou prever a economia aqui no Brasil é tarefa para futurólogo, tamanha as barbaridades que cometem, deu uma pista importante no comentário de hoje:
"E o governo brasileiro tem algum problema na sua dívida, como outros países? Não."
(comentário completo) , mas no final da fala da uma pista interessante quando escreve: "E os brasileiros continuam confiando no governo, continuam aplicando em fundos que têm título do governo brasileiro. O que está errado é a nota do Brasil, que poderia ser melhor."
Note que ela se refere a uma melhora na "nota"da dívida brasileira, coisa que nenhuma agência de classificação de risco se dispôs a fazer.
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