Li e reli as reportagens de VEJA desta semana,
e a conclusão que cheguei é que a matéria que mais novidades traz foi a
que trata da ameaça à contadora de Alberto Yousseff, a senhora Meire
Poza, e eu explico:
O que Paulo Roberto Costa já disse
à polícia e a justiça, de uma certa forma já era de conhecimento
público, e a sua importância residirá na qualidade dos documentos que
apresentará para provar o que foi dito, e, como esses mesmos documentos
serão recepcionados e tratados pelo suspeitíssimo ministro do Supremo
Tribunal Federal, Teori Zavascki.
O ponto alto da oitiva foi a inclusão do mega bandido Lula no rol dos envolvidos, coisa sobejamente sabida pelo brasileiro, mas, nunca, ninguém ousou citar seu nome, e PRC o fez.
De resto, o envolvimento do PT, PMDB e PP nas maracutaias, já haviam
sido noticiadas de forma separada em várias matérias de VEJA e outras
publicações.
Que Nestor
Cerveró morava num apartamento que não caberia no seu salário também era
sabido, assim como o seu envolvimento com a bandidagem que corre solta
na Petrobras.
Agora, a matéria que trata da ameaça sofrida por Meire Poza, a contadora de Alberto Yousseff, é um fio importante dessa meada enlameada de petróleo.
Em resumo; Meire gravou uma conversa que teve com um "emissário da Máfia."
Um homem, de nome Edson, se apresentando como advogado, e tudo indica
que seja, pois Meire o conheceu no escritório do advogado Carlos Alberto
da Costa Silva, que, segundo ele,é encarregado da coordenação de um
grupo de advogados que tratam dos interesses de algumas das maiores
empreiteiras do país, não só ameaçou Meire, como também, veladamente
citou a sua filha.
Citando nomes dos seus supostos representados,
Camargo Correa, UTC, OAS e CONSTRAN, o tal Edson insistiu para que Meire
aceitasse ser orientada por advogados indicados pelos seus clientes,
pois, uma palavra mal colocada poderia por a perder interesses de gente
muito poderosa, e, diante da recusa desta, no melhor estilo da Máfia,
disse que ela "fazia parte de um grupo fechado", onde um protege o
outro, mas, ao sair dele a tornaria passível de represálias.
Pelo que eu pude notar, pouca importância foi dada a essa matéria, mas ela tem importância crucial na ordem dos fatos.
Ameaças, veladas ou não, são sinais evidentes da importância dessa
testemunha na elucidação de mais este caso de assalto aos cofres
públicos capitaneados pelo PT e PMDB, pois este tipo de atitude indica
desespero, e o desespero é o melhor sinal de que o caminho das
investigações está certo.
Depois desta matéria o panorama começou a se aclarar; temos o nome das empreiteiras, do escritório de advocacia e a razão para as ameaças, cabe à Polícia Federal investigar.
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