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quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

A MINISTRA ABORTEIRA E A REALIDADE DA MULHER BRASILEIRA

Religiosidade nunca foi o meu forte, portanto ninguém poderá me acusar de ser contrário à descriminalização do aborto por motivos religiosos, aliás, nem contrario ao aborto eu sou.
O aborto, para pessoas com um mínimo de sensibilidade é uma violência sem tamanho, mas, existem situações em que ele é a única alternativa, e como tal, tem que ser considerado.
Eu sou contrário à descriminalização dele pela situação da saúde pública, que já era ruim em governos passados e piorou muito desde o início dos (des)governos  lulo-petistas..
No Estado de São Pulo, onde a situação da saúde pública ainda é uma das melhores do Brasil, (ou menos ruim) para se conseguir uma simples consulta pelo SUS,  com um ginecologista, existe uma demora de 60 dias, (dois meses), em outros estados, especialmente norte e nordeste eu nem imagino.
Agora, imagine  você que uma mulher suspeite de uma gravidez indesejada logo no primeiro mês, sendo que algumas só descobrem já chegando no terceiro, e precisa recorrer ao SUS para a confirmação, somente na espera da consulta ela já estará chegando no tempo de segurança para o procedimento, que é de 12 semanas de gestação. 
Supondo-se que da consulta para o procedimento decorra mais 30 dias e ela já estará na décima sexta semana de gestação, e aí, o procedimento só é indicado para os casos em que a lei autoriza, ou seja, crianças em que as má-formações impeçam a sua sobrevida, coloquem a vida da mãe em risco, ou sejam produto de violência sexual, especialmente se se tratar de menor.
Segundo uma pesquisa mantida reservada, o maior número de mulheres que recorrem ao aborto são, pela ordem: menores de 16 anos, e a razão é o medo da reação da família ou do namorado, mulheres que desconhecem ou não podem declarar a paternidade, e, só no final da fila estão os casos em uma gestação prejudicaria a carreira profissional ou  que  o casal não tem condições de sustentar mais um filho.
Se analisarmos esses dados, as mulheres menores de idade, certamente dependentes dos pais teriam que recorrer aos atuais métodos clandestinos para realizar o aborto, as que, por razões várias querem esconder a gravidez também não farão uso do SUS, dada a falta de sigilo a que estarão sujeitas, e, sendo assim, somente uma parcela mínima do imenso contingente feminino que anualmente recorre ao aborto seria beneficiada com a descriminalização dele e o atendimento na rede pública de saúde.
A descriminalização do aborto, numa primeira análise beneficiaria diretamente os donos das atuais clínicas que se dedicam a isso na clandestinidade, e passariam a atuar legalmente.
Legalmente em termos; estar na legalidade significa pagar imposto, coisa que esse tipo de gente detesta, então, seguramente teremos 2 tipos de serviço: o com recibo, em consultórios limpos e seguros, e os sem recibo, que continuariam funcionando nas mesmas espeluncas e nas mesmas condições que funcionam atualmente.
Agora ... comparar um feto a uma infecção, ao uso de drogas .. dizer que aborto é uma questão de saúde pública é um procedimento lulo-petista clássico.
Como grande parte dos seus apoiadores é formada pelas 'DITAS"  minorias, para os quais, o que importa é usar o sexo como maneira de afirmação, a cabecinha oca da criançada e o tesão próprio da idade é uma combinação ideal para a difusão de suas idéias, só que, em se tratando de uma relação NORMAL ... ENTRE HOMEM E MULHER, a gravidez é uma das consequências, coisa que a sinistra senhora que ilustra (ou desilustra?) este comentário se esqueceu de falar.
Essa grotesca figura tambem se esqueceu de considerar que um número enorme de mulheres não recorre ao aborto por questões religiosas. 
Exite ainda uma outra coisa contra a argumentação dessa coisa horrorosa: o feto é uma outra vida, e por conseguinte a opção da mãe pela interrupção do processo não é uma opção legítima.
Mas, considerando o atual estado convulsivo por que passa o país, incentivar esse tipo de discussão estéril só serve para desviar o foco da opinião pública de problemas muito mais sérios, como a crise por que passa a segurança, a suspeição em que foi colocada a privatização de 3 aeroportos por parte de uma agencia de análise de risco conceituada e pelo órgão que aglutina as maiores companhias aéreas do mundo, a roubalheira desenfreada da qual o governo é refém,  a inatividade e incompetência do governo (?) em enfrentar o tráfico de drogas e armas, o crime organizado, e por aí vai.
Portanto, dona macabra, meça melhor suas declarações e não encha o nosso saco com a sua história de vida, nós pretendemos viver a nossa, e sem que o lulo-petismo nos atrapalhe.



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